Sábado, casório pra gente ir. Quando é comecinho de tarde, Gu começa a apresentar uma febre muito da esquisita. Alta, sem nenhum outro sintoma. Um bichinho me cutucou, lembrei do bilhete que veio na agenda sobre casos de Roséola. Rá, só pode ser isso. Anti-térmico, colo, água, paciência. Adeus festerê noturno. Nossa balada da madruga será com um bebezão com febre.
Quando é de noite, vejo que ele tem dificuldades pra engolir. Nem o mama vai direito. Dispenso a roséola e penso: "Garganta! Só pode!" Noite agitada, bebê com febre, dor, chororô. Seguimos em turno, eu e Rafa, dando conta do mal estar do mocinho. Quando brilha o Sol, simbora pro PS. A febre tinha dado trégua, mas garganta é dureza, muitas vezes só ATB resolve e ATB só com receita médica.
Fila, espera, várias crianças com o mesmo quadro. Mudança de tempo é nisso que dá. A plantonista nos atende, aquele protocolo normal, quando vê a garganta, dispara: "Olha só como está inflamada!". Parecia uma couve-flor. Pego a receita de ATB, farmácia, casa. Gu não consegue comer. Chora com fome, mas a dor é maior. Nem sólidos, nem pastosos e nem líquidos. O dia vai passando e ele não consegue dormir, nem comer ou beber alguma coisa. E tá lá a febre.
A madrugada foi sofrida demais. Gustavo chorava de fome, apontava a mamadeira, se desesperava. E eu, perdi minha fé, questionava como Deus podia deixar um bebê sofrer daquele jeito. Com fome e sem conseguir comer, com sono e sem conseguir dormir. Com dor. E eu chorava e questionava. Ele chorava e dormia de exaustão. E a madrugada foi em turnos novamente. Pouco dormiu, pouco dormimos.
Segunda-feira, dia de trabalho. Ele ficou com o pai. O desespero de ver meu filho com dor, fome e sono. Não poderia ser só garganta. E a boquinha dele estava cheia de aftas, no queixo também. E vinha um cheiro ruim e forte da boca. Ligo pro pediatra e ele prontamente dispara: "Fabiana, não é garganta! É estomatite! Traga ele pro consultório pra eu receitar um anestésico." Confesso que pensei que ele estava doido, mas liguei pro Rafa e fomos nós 3 pro consultório. E, como sempre, ele estava certo: ESTOMATITE. Bolhas e mais bolhas na boca, no queixo, nas palmas das mãos e solas dos pés (Doença do Pé, Mão e Boca). Então, ele me explicou que não tem o que fazer, que é vírus, tem um ciclo e que devemos usar o anestésico pra que ele possa comer/beber, anti-térmico caso a febre seja muito alta e que isso poderia levar, ainda, mais uns 10 dias. Pediu pra investir nos líquidos (evitar a desidratação), comidas frias e sem sal (frutas não ácidas, líquidos, iogurte, sorvete, etc...)
O anestésico foi manipulado e ficou pronto apenas no final da tarde. Até lá, foi sofrido. Muito choro, muita dor, fome. Quando cheguei em casa, bati 1/2 papaya com sorvete e ele conseguiu comer um pouquinho. Ainda assim, mantivemos a noite em turnos pra podermos descansar.
Ontem a noite, quarta, ele finalmente conseguiu mamar. Foi um alívio, mas ele ainda tem medo quando chegamos com uma colher perto dele. Aos poucos, vamos retomando a rotina. O resto da semana tirei pra ficar com ele em casa, dar uma atenção especial à alimentação e hidratação, colinho de mãe.
Ele já está melhor das feridinhas na boca, mas ainda recusa alguns alimentos e, pra fechar, está um pouco gripado e tem crises de tosse de dar dó. Mas vamos levando, espero que na próxima semana ele esteja zerado.
Beijos
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A imagem também é do link acima.
Comentários
Foi a pior doença que Olívia já teve e foi desesperador! Ela chorava de dor, de fome, de desespero! E eu tbm chorava junto!
O pior é o ouvir o pediatra falar que nao tem o que fazer né? Putz, é complicado! Durou 4 dias e eu quase morri! Espero nunca mais passar por isso!
Beijos e melhoras pro pequeno!!!