
Conforme o tempo corre eu começo enxergar melhor as diferenças entre a escola pequena e a escola grande. Além do espaço físico, que é uma coisa bem óbvia, existem coisas que a gente vai aprendendo durante todo o processo de adaptação.
A escola que a Ana estava era direcionada exclusivamente para a educação infantil. Lá tínhamos livre acesso às salas e ambientes da escola, sempre respeitando alguns poucos limites existentes. Era como se a escola fosse uma extensão do nosso lar. O espaço também era bem reduzido, assim como o número de crianças. Salas menores, área de lazer menor. Sentia-me segura porque era uma experiência "controlada" e eu já sabia (mais ou menos) o que esperar.
Quando tomamos a decisão de trocar a Ana de escola, optamos por uma escola maior. Essa vai do maternal ao 9º ano. Tem uma professora na porta quando chegamos, que nos recebe e interfona pra sala do aluno da educação infantil para que uma das profes venha receber o aluno e conduzi-lo até a sala. Há uma interação entre mini-alunos e os alunos maiores (tudo conduzido pelos educadores), as refeições são feitas no refeitório, higiene no banheiro infantil, atividades dirigidas, tudo muito organizado e bacana. E é super engraçado ver a Ana Luiza andando pelo corredor da escola... toda faceira e indepente! Melhor que isso é só ver o jeito que ela me conduz pela escola, mostrando o parque, a sala, um sarro!
Lógico que a insegurança bateu quando vi toda aquela quantidade de alunos, todo aquele tamanho da escola, mas as pessoas que me atenderam e que são responsáveis pela minha pequena, me deixaram super tranquila, sempre atendendo prontamente, sem aquela necessidade de marcar horário com dias de antecedência. Sabe como é, as vezes, insegurança de mãe e respostas pras suas dúvidas não podem aguardar nem 15 minutos, é legal ter um retorno rápido... E eu que achava que as coisas iam esfriar, que seria mais impessoal... que nada! As funcionárias já me conhecem pelo nome! É do tipo: "Oi FABIANA!" e não "Oi mãe"... gostei disso!
Maaaas, como nem tudo são flores... algumas coisas me deixam meio "de cara" como: pais sem noção que estacionam o carro na fila (tem estacionamento na escola, não sei por que param justamente na fila que tem que andar!), as vezes a agenda dela não vem na bolsa (adoro ler a agenda! É um dos modos de saber como ela está evoluindo, o que tem feito, etc...). Faz parte! É uma maneira de lidar com diferenças, aprender a ser mais tolerante, etc... exercício de paciência!
O importante é: sei que ela está bem, que está aprendendo e gostando muito da escola. Todo dia de manhã, quando a gente está se arrumando ela pergunta: "Mamãe e Papai baiá? (trabalhar?)"... Respondo que sim, que precisamos trabalhar e pergunto pra onde ela vai. Toda faceira ela responde: "Cóia! Tia Nay!" Fico beeeemmm feliz, porque antes, quando eu falava escola, ela chorava muito!!!
Então, ao que tudo indica, acertamos dessa vez!!!
Beijos e uma ótima quinta!
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