
Quando decidimos engravidar pela primeira vez, quase não conhecia meu corpo e nem dava muita trela aos sinais que ele emitia. De verdade. A única coisa que eu fiz foi acompanhar meus ciclos através do site tabelinha. Só. Ao meu corpo, não dava muita atenção.
Nem lembro direito se contava os dias férteis e se tinha relação "programada". Essas coisas simplesmente sumiram da minha cabeça. Como é que pode? Como fui esquecer de tudo? Não faço a menor idéia.
Depois que a Ana Luiza nasceu, eu passei a prestar mais atenção ao meu corpo. Parece que quando a gente se torna mãe fica mas sensível. Falam daquele sexto sentido que a mulher tem, mas depois de se tornar mãe a gente desenvolve sétimo, oitavo, "n" sentido. Muito engraçado isso. Parece que viramos meio "super heroínas", sei lá. Ficava atenta aos barulhos, reações e expressões daquele serzinho pequenino e dependente e acabei transferindo esses sentidos pra mim mesmo. Deixa eu explicar melhor, que parece conversa de bêbado... (isso se a minha explicação não deixar os leitores ainda mais confusos... vou tentar ser clara!).
Assim que fui liberada a retomar a vida sexual, optei pela pílula. Aquela específica pra quem está amamentando. Pra mim, foi péssima. Odiava do fundo do coração. Vivia irritada, sem libido e com escapes. Todos os dias eram dias de fúria. Deixei a pílula de lado. Fiquei mais light, mas tinha sinais de loucura quando entrava na TPM. Não sei como o Rafa me agüentou. Sério! Acho que o que me deixava mais alucinada é que eu já estava esgotada por conta da rotina (casa, trabalho, filha, cachorro, periquito e papagaio) e quando a TPM chegava, eu virava a encarnação do mal. Um horror!
Com o tempo e mais relaxada, a TPM me deixava somente um pouco maluca. Mas quase uma maluca beleza. Reclamona, mas não a ponto de matar alguém. Lógico que tem uns episódios isolados, mas não era sempre. Então, meu corpo passou a me dar sinais claros do meu período fértil. Todos os meses apresento aquela dorzinha da ovulação (cada mês é de um lado, muito engraçado). Parece uma coliquinha, pentelhinha, chatinha. É a cólica aparecer pra no outro dia vir a tal da clara de ovo. Espessa, transparente, inodora. Alguns dias depois, tudo volta ao normal.
Isso até me lembra de uma US de rotina que fiz quando a Ana tinha uns 10 meses. Final de ano, viagem pra praia e consulta com o gineco. Ele pede a US e lá vou eu, toda faceira. Eu já tinha percebido que as coisas estava meio diferentes lá embaixo, mas fui mesmo assim. Quando a médica fez o exame, foi logo soltando: "Se vc quiser ter outro bebê, pode treinar por esses dias! Olha que beleza! Quanto muco!" Até mediu o tamanho do folículo e disse que tava quaaaaaase lá. Lógico que quase tive um treco, não estava nos meus planos engravidar com a Ana ainda tão pequena. Mas foi bacana saber que meu corpo estava dando sinais e eu estava entendendo.
Agora, tentante novamente, continuou atenta. Não somente aos dias férteis que a tabelinha deixa em vermelho, mas aos sinais claros que o meu corpo emite. Esse auto conhecimento corporal é importante, não somente pra quem quer ter um filho, mas faz bem pra muitas outras coisas: identificar quando algo não vai bem, incrementar a vida sexual, etc... Portanto, mulheres, fiquem de olho! Melhor que qualquer diagnóstico é a gente se conhecer!!
Beijos, Fá!
Comentários
Eu tbm prestei mais atenção ao meu corpo depois que fui mãe a primeira vez.
E sinto essa coliquinha toda vez que vou ovular tbm. Depois que tive a Clara que a fábrica fechou, eu ando desencanando sabe? Tem mês que eu sinto, mês que não...
Será que logo logo tem positivo no ar??? Aiii, eu estou ansiosa por vc kkkkkk
Tambem fiquei mais atenta ao meu corpo depois que fui mae pela primeira vez, inclusive sempre sei quando estou ovulando, coisa que antes do Biel passava batido.
E creio que esse conhecimento que passamos a ter nos deixa mais seguras e fortes. Ao menos eu me sinto assim :)
Beijooooooos
Incrivel, né?
Hj em dia nao senti ainda cólica, quando sentir, juro que não farei nada de medo, hahahaha
Beijoss