Pular para o conteúdo principal

MANIFESTAMOS PELAS MÃES


Mãe que dá o melhor de si e convive com a crônica sensação de que nada é o suficiente.

Mãe de carne, osso e vísceras que, ao se perceber humana, sente-se cada vez mais distante do ideal de devoção da Santa Mãezinha. E por isso se culpa.

Mãe que comprou o sabonete com óleos essenciais, o iogurte com fibras, o desinfetante com cloro ativo, a fralda com bloquigel e mesmo assim seu filho não dormiu a noite inteira, seu marido se queixa e sua casa não é o templo limpo, perfumado e livre de insetos que aparece na TV.

Mãe mulher, dona de casa, profissional e amante, que segue passo a passo as dicas das revistas femininas para conciliar seus inúmeros papéis e virar “super”, mas ainda não encontrou sua capa.

Mãe cuja única preparação para a mais dramática mudança da sua vida foi o cursinho da maternidade e, se privilegiada, a decoração do quartinho e a compra do enxoval.

Mãe que vive em uma sociedade que a glorifica, ao mesmo tempo em que a obriga a terceirizar a criação dos seus filhos. Seja por necessidade, independência ou reconhecimento. Como se, em qualquer um desses casos, essa não fosse uma decisão extremamente difícil.

Mãe que se divide diariamente entre a administração do lar e da profissão, encarando múltiplas jornadas que a levam constantemente à exaustão física e emocional.

Mãe que se dedica de corpo e alma ao significativo projeto de criar uma criança, enfrentando um nível de cobrança superior ao de qualquer chefe ranzinza e cliente exigente. 365 dias por ano, 24 horas por dia. E mesmo assim é percebida como alguém que não faz nada. Até por si mesma.

Mãe pobre que, quando opta pelos filhos, é acomodada. Quando rica, é madame. E, quando profissional, é ausente.

MANIFESTAMOS PELA MATERNIDADE

E, portanto, pela liberdade de sentir. De seguir os instintos. De viver em plenitude emoções e sentimentos totalmente femininos. Pois negá-los, seria abrir mão daquilo que faz da mulher, um ser único.

Manifestamos pelo direito de cada mulher escolher o papel que melhor lhe cabe no momento. Sem se sentir pressionada, desmerecida ou julgada pelo que decidiu não ser.

Manifestamos por parir de forma saudável, humana e tranquila e que essa seja uma decisão consciente da mãe. Amparada por uma equipe de profissionais da saúde que a respeitam, orientam, acompanham e zelam pelo bem estar dela e do bebê.

Manifestamos pelo direito de amamentar a cria, sem ser pressionada por profissionais da saúde mal formados ou parentes bem intencionados, a substituir por mamadeira, o alimento que só o seu peito pode dar.

Manifestamos pela aceitação da metamorfose e da mudança de valores que a chegada de uma criança proporciona na vida de qualquer adulto. E pela valorização desta transformação na sociedade, como contraponto para a cultura do egoísmo e da juventude eterna.

MANIFESTAMOS PELO ATIVISMO ANÔNIMO E INCANSÁVEL DAS MÃES

Nas trincheiras domésticas de uma sociedade cada vez mais dominada pelas leis cruéis do mercado.

E apoiamos as mães que questionam. Que boicotam.

Que compram e deixam de comprar. Que sabem o que servem à mesa e o que jogam no lixo.

Que desligam a TV, controlam o videogame e a quantidade de açúcar.

Mães que tentam proteger a infância e não desistem diante do bombardeio de mensagens que estimulam a erotização e o consumo precoces.

Mães que empreendem, que inventam, que abrem mão, que buscam alternativas, que assumem o vazio e a sobrecarga. E promovem viradas.

Mães que brigam por uma escola melhor, mais humana e significativa; pública ou privada.

Que pensam globalmente e agem localmente, casa a casa, família a família.

E que administram seus lares, como se ali começasse a mudança que desejam para o planeta.

MANIFESTAMOS PELA TOMADA DE CONSCIÊNCIA FAMILIAR

Pela valorização do papel da mãe no seio da família e pelo fim das hipócritas tentativas de minimizar a diferença que a presença dela faz.

Pelo reconhecimento da vital importância da maternidade para a humanidade, e por ações sociais e políticas que valorizem e estimulem a atuação da mãe.

Por uma rede de relacionamentos que coloque novamente mulheres de diferentes gerações em contato, reconstruindo referências que foram deturpadas e estereotipadas pela mídia e pela sociedade.

Por mães unidas para estudar, compartilhar experiências e desenvolver novos pontos de vista para este tema milenar, universal e ainda tão incompreendido.

Por uma nova formação familiar, focada no bem estar integral dos seres humanos e não somente no bem estar material.

Por pais que valorizam a tomada de consciência materna, dando sua participação necessária para que ela floresça. Mesmo sem entendê-la completamente.

Por mães que partilhem com seus parceiros as responsabilidades, agruras e alegrias de se cuidar dos filhos, sendo entendido que eles pertecem aos dois, igualmente.

Manifestamos pela ausência de fórmulas, de guias práticos e de respostas prontas, pois cada mulher é livre para buscar seu caminho e desenvolver sua história. No seu tempo, no seu ritmo e na sua individualidade.

Manifestamos pela conciliação de uma maternidade moderna com uma maternidade mais plena.

Manifestamos por você e por nós. Pela Terra e por todos os filhos que dela vieram e ainda virão.


Manifestamos pelas mães!
Clique AQUI e participe você tb!!!!
Beijos da Fá, MÃE da Ana Luiza!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Uma é diferente da outra...

Na minha primeira consulta pré-natal dessa gestação, meu GO (que tb acompanhou a gestação da Ana) me deu uma receita com medicamentos para os "problemas gravídicos" - azia, enjoo, cólica e dores de cabeça. E tb indicou um creme para prevenção de estrias, sem cheiro, pras grávidas não ficarem enjoadas. Minha primeira reação: não vou precisar de NADA DISSO. A gravidez da Ana foi mega tranquila, sem qualquer intercorrência grave. Não enjoei, azia tive pouca e passava com leite. Usei zilhões de cremes pra estrias e NÃO ADIANTO. Estou malhada feito zebra. Um horror. Peguei a receita e guardei sabe Deus onde. Daí vieram as constatações... todo o cuspe que estava lá em cima, caiu bem no meio da minha testa. Cóliquinhas chatas me visitam ao final do dia, junto com uma dorzinha de cabeça fina, daquelas que não doem tanto, mas que incomodam horrores. Ótimo... cadê a porr@ da receita? Não sei... mas lembrei dos nomes dos remédios. Beleza. Tudo ótimo e controlado. Ocorre que, acordei hoj...

GUSTAVO NASCEU!!!!

Meninas, meu guri nasceu dia 14.03.11 às 19:27h!! Pesando 3,925 e medindo 52,5cm. Foi PC. As coisas nao evoluiram conforme esperado, mesmo com contrações de 4 em 4 e 5 em 5 há 2 dias. Depois conto melhor. Mas ele é lindo!!! Polaco do cabelo vermelho! Um bezerrinho!!! Beijo em todas!

Nomes

Nosso Guri ainda não tem nome. A gente segue chamando ele de Wylgner ou de bebê/neném. Se eu acho estranho?! Mais ou menos. Na gravidez da Ana o nome já existia antes de ter a confirmação do sexo. Agora, nada ainda de nome. O "poder" da escolha é do papai Rafael. "Poder" que está deixando amigos e familiares aflitos ou de orelha em pé. Toda hora tem um nome mais absurdo que o outro. Ou é o mistério. Rafael disse que vai escolher o nome tranquilamente já que ele ainda tem aproximadamente 25 semanas pela frente. Chega a ser engraçado, a gente chega na casa dos avós da Ana e a primeira coisa que eles perguntam é: "E daí, Rafa, escolheu o nome?" O Rafa, com a maior calma do mundo diz: "não!". Daí, ele tenta de todas as formas mudar de assunto, quando todo mundo só quer que ele se decida logo. Esse final de semana ele disse que pensou, somente pensou em um nome: "João Vitor". Eu, particularmente, não topei muito não. Sei lá, minha reação foi...