
Esse tema veio na hora certa... com a chegada do Gustavo, comecei a me questionar que tipo de mãe sou eu: a real ou a idealizada. Lógico, eu sou a real. Cheia de defeitos, de crises internas, do coração grande, da hora da bruxa e da hora do muito amor de mãe.
Quem me tornou mãe foi a Ana Luiza. Quando ela nasceu eu queria ser a mãe idealizada, daquelas perfeitas, com bebê de comercial de margarina. E eu não poupava esforços. Lógico, pra ser perfeita eu extrapolei todos os meus limites físicos e mentais. Até a hora em que eu surtei, chorei e joguei a toalha. Joguei a toalha no sentido de que eu entendi que eu deveria ser a melhor dentro das minhas limitações, dentro daquilo que eu acreditava. E assim, a maternidade se tornou mais light com a Ana Luiza. Foi deixando a mania de querer ser "perfeita" que eu pude curtir mais a maternidade.
Mas daí, me vi grávida novamente. Lógico que as neuroses surgiram, mas muito mais do que rápido eu fiz todas sumirem. Foi mais fácil quando o Gustavo estava na barriga e eu não tinha que lidar com pós parto, amamentação, casa, cachorro, marido e, de brinde, uma mocinha birrenta de 3 anos.
A gravidez do Gustavo foi totalmente diferente da gravidez da Ana. Eu estava tão atarefada com coisas do dia a dia, cheia de trabalho, cuidando da Ana Luiza, que muitas vezes eu esquecia que estava grávida. Não tive intercorrências, me sentia bem disposta (depois daquela fase de enjôos) e buscava algo diferente, meu VBAC, para que EU pudesse passar por essa experiência e meu filho também. Infelizmente, as coisas nem sempre acontecem como a gente espera. Depois de quase 6 dias em pré trabalho de parto e com a pressão nas alturas, fui pra faca novamente.
Quando chegamos em casa, mais uma vez eu caí na cilada de querer ser perfeita. Mas dessa vez durou bem menos e eu não atingi o fundo do poço e nem surtei. Eu obedeci aos meus instintos de mãe e mulher. É óbvio que tem dias que dá vontade de sair correndo e gritando, mas na maior parte do dia, olho pros meus filhos e vejo o quanto sou abençoada. E o quanto eles também são, afinal eu sou a mãe deles e me esforço sempre (dentro dos meus limites) pra ser a melhor possível.
A minha maternidade real é:
- regida por instinto
- não obedece padrões e nem receitas prontas
- não é slogan de família de comercial de margarina
- é cheia de amor, carinho, risadas e brincadeiras
- mas também tem pisões na bola, erros e remendos
EU SOU A MELHOR MÃE QUE EU POSSO SER! DEFINITIVAMENTE!!!!
Comentários
bjus
Bjs : )
A melhor mae que podemos ser faz uma linha tenue entre a loucura e o equilibrio.
Beijao em vcs, curtam o novo membro fofo!!!