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O nascimento do Gustavo

Com 1 dia de vida!

O nascimento do Gustavo demorou 6 dias. Isso mesmo: SEIS. Eu digo isso porque foi uma série de acontecimentos que nos levaram até a mesa de cirurgia no dia 14/03/2011. Vamos lá então!

09/03/2011 - Quarta-feira de Cinzas

Tinha consulta com o GO logo pela manhã. Como a Ana Luiza não tinha aula naquele dia e nem tinha com quem ficar, ela foi junto. Eu estava de 38 semanas e 5 dias.
Consulta de rotina, mede pressão, cara péssima do médico. Procuro não me abater. Exame de toque. Ana Luiza vem pro meu lado, médico faz o toque, sem maiores expressões dele. Vamos pra sala e ele começa a me explicar: "Fabiana, a sua pressão está um pouco alterada (15x10), vou pedir uma exames de sangue e urina pra descartar DHEG. Preciso que você retorne na sexta, com os resultados. Monitore sua pressão hoje, amanhã e sexta antes da consulta. No exame de toque: colo alto, sem sinal de encaixe, mas isso pode acontecer somente na hora do parto mesmo. Não se preocupe."

Beleza, saio do consultório e venho pra casa. Fico matutando. Pesquiso algumas coisas na internet e só. Aproveito o resto do dia pra descansar. A noite, quando vou ao banheiro, na hora de levantar, sinto uma espécie de esguicho e quando passo o papel novamente: sangue e uma secreção esquisita. Ligo pro GO, achei que tinha rompido a bolsa. Simbora pra maternidade.

Detalhe: eu não tinha absolutamente NADA terminado de fato. Tive que arrumar a bolsa do Gustavo, a minha e da Ana Luiza. Liguei pros dindos ficarem com ela, caso eu ficasse internada. Ligamos pros avós, que estavam na praia. Sem titubear, eles vieram pra cá. Afinal, poderia ser o dia.

Chegando na maternidade, o GO de plantão vem me atender. Expliquei o que tinha acontecido, e ele fez mais um exame de toque. Dolorido dessa vez. Ele disse que não parecia ser a bolsa, mas sim o tampão. Fiquei 1hr monitorando com um forrinho. Alarme falso. Ele pede que eu retorne no dia seguinte pra fazer uma US lá na maternidade mesmo. Chegamos em casa cansados, exaustos. Cama para todos. Quinta será um novo dia.
Na quarta, eu tinha contrações, mas beeeem espaçadas e nada doloridas.

10/03/2011 - Quinta-feira

Acordo cedo. Levo a Ana pra escola, vou no laboratório colher o exame de sangue e urina. De lá, vou ao salão. Fazer pé e mão. Afinal, Gustavo merece chegar e ver a mamãe nos trinks. Contrações presentes, mas totalmente suportáveis. Chegando no salão, vejo que mudaram o esquema de estacionamento. Agora tem que usar cartãozinho de ESTAR. Lógico que o salão não tem a bosta do cartão. Lá vou eu andar 2 quadras até a lotérica pra comprar. Volto, coloco o cartão e entro no salão. A primeira pergunta das manicures: "São dois?" Não, não! É um bebê gigante! hehehehehe

O inchaço não me deixa. Os dois pés pareciam pães italianos, daqueles que a gente toma sopa, sabem?! Ainda bem que existem chinelos, se não teria que andar descalça.

Saindo de lá, fui pra casa dos pais do Rafa. A mãe dele iria me acompanhar na maternidade, na consulta e na US. Na consulta, novo exame de toque. O médico saiu com a mão cheia de tampão. Colo fechado e alto. Fui fazer a US. Tudo bem com o Gustavo, que prometia vir um bebezão. Mostro a US pro GO de plantão, ele diz que tá tudo bem e que devo conversar com o Dr. Hugo sobre o que fazer.

Nesse dia minha pressão oscilou entre 12x8 e 14x10. Os resultados dos exames ficaram prontos e eu, metida que só, fui dar uma de "dotôra" e conclui que estava tudo jóia. Maravilha. Vou dormir bem feliz, explico pro Gustavo que basta ele decidir a hora de vir.

11/03/2011 - Sexta-feira (39 semanas!)

Acordo bem disposta. Arrumo a Ana Luiza e me mando pra consulta. Ainda dirijo. Durante o caminho sinto algumas contrações. Continuo a perder o tampão. É bacana porque sei que meu corpo está "trabalhando", mas é um saco ter que usar absorvente novamente. Dou risada sozinha dentro do carro e canto toda felizona.

A consulta é como as outras. Primeiro fiz exame físico: toque, sem mudanças. Pressão: 14x9. Ainda alta pela cara do GO, mas eu "sabia" que os exames estavam super bons. Vamos pra sala, ele pega os exames e informa: "Fabiana, sua pressão está alterada e você tem dois marcadores que indicam a DHEG: perda de proteína na urina e ácido úrico alterado. Ainda há mais dois marcadores (não lembro o nome) que estão normais, por isso não te indico a cesárea nesse exato momento. Precisamos monitorar a sua pressão, evite sal, refrigerantes, etc... Quero ver você novamente na segunda. No seu estado, podemos aguardar com uma certa tranquilidade até quarta-feira. Se ele não nascer e sua pressão continuar a subir, nós vamos ter que NASCER o Gustavo."

Imaginem a minha cara. Eu simplesmente tomei um balde de água gelada na cabeça. Fiquei sem chão. Saí da consulta chorando, pensando no motivo disso tudo estar acontecendo comigo. Poxa, eu batalhei tanto e agora iria morrer na praia.

Cheguei em casa e conversei com uma amiga super querida via G-Talk (Mi) e ela me convidou pra ir almoçar no shopping. Pensei comigo: "Por que não?" E lá fui eu e minha super barrigona, dirigindo por aí. Melhor do que ficar em casa parada, pensando na morte da bezerra. Encontramos com a Lê, batemos um bom papo e saí revigorada. Tudo bem que nesse meio tempo quase matei minha sogra de preocupação, afinal minha pressão ainda alta era motivo pra estar em casa, mas eu queria que meu TP engrenasse e ignorei esse ponto (pausa: isso não é muito inteligente! Com pressão a gente não brinca! despausa).

Quando chego em casa, aproveito pra faxinar. Isso mesmo: FA-XI-NAR. Subo e desço escada, coloco roupa na máquina, limpo chão, cozinha e dou uma geral no banheiro. Rafael chega e não gosta muito, mas não tem muita escolha, né?! Vamos buscar a Ana e vamos pra casa dos pais dele. A noite, as contrações voltam, um pouco mais ritmadas, mas logo param e eu durmo. Vez ou outra acordo com uma mais dolorida.

Monitoro a pressão: oscila entre 13x9 e 14x10. Blé!

12/03/11 - Sábado (39s1d)

Não lembro muito bem o que aconteceu durante esse dia. Ah, lembro que fui fazer depilação. Só pra minha cara mesmo: fazer depilação perdendo o tampão e com contrações. Quando cheguei ao salão, dei de cara com uma depiladora com cara de brava. Pedi a Deus que ela não fosse a minha... doce engano: era ela. Pra minha surpresa, ela era um amor. Expliquei minha situação e ela foi o mais gentil possível. Cada puxada doía, lógico, mas ela foi rápida e logo terminou.

Final da tarde. Ligamos pra Dinda das crianças e a convidamos pra vir comer uma pizza. Ela veio com o Léo, já que o Dindo estava viajando.

Comemos pizza, demos muita risada. Eu sentia contrações. Umas mais doloridas, outras nem tanto. Estavam beeem espaçadas. Ainda perdia o tampão. O troço que parecia não ter fim. Depois dela ter ido, fui dormir com a Ana. Foi deitar pro troço começar novamente. 12 em 12 minutos, 16 em 16, 9 em 9. Lá pelas 3 da manhã acalmou e eu consegui dormir até umas 7.

Pressão: ainda um pouco alta, sempre entre 13x9 e 14x10.

13/03/2011 - Domingo (39s2d)

Domingo começou cedo. Muita contração, banho, bola de pilates.

Almoço na casa dos avós das crianças. Carne de panela maravilhosa. Delícia!!!! Comi que me fartei. Chegamos em casa no comecinho da tarde e embarquei num soninho com a Ana Luiza. Depois do soninho, umas 17h, o bicho começou a pegar. As contrações vinham com mais força e em intervalos menores.

Não havia ducha, bola, vaso sanitário e nem porrada na parede que aliviasse. Lá pela meia-noite, ligo pro meu GO. Contrações de 4 em 4 minutos, doloridíssimas, não conseguia nem raciocinar. Arrumamos as coisas no carro e vamos pra maternidade. A Ana fica na casa do avós.

Tio Dudu vem falar comigo e me faz rir bem no meio de uma contração dolorida. Queria esganá-lo. Vovó Eliane vem conversar também, mas não lembro exatamente o que ela me disse. Eu só queria ir pra maternidade, rápido. No caminho, silêncio. Que só é interrompido pelos meus gemidos. Fico pensando: "acho que agora vai. Pode vir, filho! Estou pronta!"

Chegamos na maternidade e logo vem o GO de plantão. Tiro só a calcinha, estou de vestido mesmo e vamos ao toque. Eu torço: "Pelo menos 0,5! Pelo menos 0,5!" Com tudo aquilo de dor e as contrações cada vez mais próximas, pelo menos 0,5 eu já deveria ter. Pro meu total desapontamento: "É, colo está alto, mas afinando. Bebê semi-encaixado. Ainda tem chão pela frente. Trata-se de um pré trabalho de parto." Decepcionada é como eu me sinto. O médico me manda pra casa e me prescreve um buscopam. É mole?!

14/03/2011 - Segunda-feira (39s3d) - O Nascimento

A madrugada não é fácil. Durmo profundamente 5 minutos cravados e acordo urrando de dor por quase 1 minuto. Levanto umas 3 horas depois e fico embaixo do chuveiro. Tenho consulta com meu GO às 9. Faço exercícios mentais e corporais pra que o TP evolua. Não quero morrer na praia. As contrações vêm e vão, como ondas. E eu só peço que tragam o Gustavo.

A dor é tão forte e vem tão rápido que nem consigo comer. Coloco qualquer roupa, chinelinhos e o Rafa me leva na casa dos pais dele. Vamos à consulta: eu, Eliane e Ana Luiza. A baixinha sabe que tem algo diferente pra acontecer e pede que eu não chore, que a dor já vai passar. Enquanto vou pra sala de exames, ela fica com a avó na recepção. Depois, Eliane me contou que cada pessoa que entrava ela perguntava se estava com dor. Tadica da minha pequena.

Fico aguardando o GO. Dor, dor, dor. Entre as contrações é como se nada estivesse acontecendo. Engraçado como o corpo da gente reage. O GO me chama, pede que eu me apronte e vamos aos exames. Pressão: 14x10. Contração. Faz o exame de toque. Cara nada boa. Tento perguntar ali, na lata, mas ele pede que eu me acalme e que me vista. Quando chego na sala dele, já pressinto o que vem. Então ele começa a me explicar tudo o que o GO da madrugada tinha dito, diz ainda que não há qualquer sinal de encaixe, mas que quer me ver novamente a noite, na maternidade. Minha pressão continua alta, meu inchaço só aumenta e não há sinais de que o Gustavo vá sair espontaneamente. De qualquer forma, ele já me dá as orientações para que seja feita a cirurgia no final do dia, às 19h.

Eu saio do consultório chateada, mas a dor vem e eu ainda tenho esperanças de chegar no final do dia e meu quadro ter evoluído e minha pressão estar melhor.

Na casa da minha sogra, aproveito pra ficar de molho na banheira. Fico lá por umas 2 horas. As contrações dão uma espaçada, mas são cada vez mais doloridas. Eu respiro, forço o pé no fundo da banheira, rezo, me movimento, paraliso, tudo quanto é coisa quando a dor vem. De repente, as dores apertam novamente. O Rafa chega do trabalho pra resolver algumas pendências na parte da tarde e ficar um pouco com a Ana, afinal não sabemos com certeza como acabará nosso dia.

Quando saio da banheira, é como uma despedida da barriga. Converso com o Gustavo e explico, mais uma vez, que ele pode vir. Coloco uma roupa e vou pra sala. A cada contração, sinto o Gustavo forçar, quando a contração passa, ele se mexe muito, como se fosse rasgar a minha barriga. O Rafa e a Eliane observam, achando que REALMENTE a barriga vai rasgar. O menino tem uma força!

Na maternidade
Na maternidade, bem no meio de uma contração.


O caminho para a maternidade foi dolorido. Além das contrações eu já sabia o que me esperava. Mais uma cesárea, dessa vez sem que esse fosse meu real desejo. Eu sentia muita dor e as contrações estavam apuradas demais.

Quando chegamos, já fui examinada. Meu quadro continuava igual e minha pressão 15x10. Eu iria pra mesa de cirurgia mais uma vez. Subimos pro quarto, arrumei as coisas, me troquei. As contrações, doloridas que só, me faziam companhia. O Rafa também. Quando vinha uma contração, eu agarrava a mão dele e apertava com força. Não sei como não ficou todo roxo, coitado, porque eu apertava sem dó e sem piedade.

Eu tinha muita dor e as enfermeiras não vinham me buscar, já estava ficando nervosa (ainda mais) e minha cabeça parecia que iria explodir. Até que escutamos uma batidinha na porta. Finalmente, era hora de ir.

No CC estavam meu médico, a anestesista, instrumentadora e duas enfermeiras. Uma delas tinha assistido o parto da Ana. Foi esquisito entrar na mesma sala 3 anos depois. Estava super nervosa, com dor, com medo. Minha vontade era só chorar, mas procurei me focar. Olhava pro azulejo, pros monitores, tentava prestar atenção no que as pessoas falavam, mas estava difícil.

Daí, vem toda aquela parte: anestesia, deita, coloca campo e espera. Antes da anestesia: contração. Durante: contração. Depois: contração. Eu queria ficar sentada, mas a anestesista falou que eu tinha que deitar por causa do "nível". Nem perguntei o que era, só pedi que me ajudasse, tamanho o medo que eu sentia de me cortarem e eu sentir alguma coisa. Credo!

Depois, quando o Rafa chegou, eu fiquei mais calma. Conversei com ele, conseguia prestar mais atenção às coisas a minha volta. Foi então que eu ouvi o GO pedir que a anestesista ajudasse a "empurrar" o Gustavo, mas "empurrar" mesmo, porque lá vinha um bebezão. E, de repente, tudo parou, eu só conseguia escutar as mulheres na sala dizendo que ele era lindo, que ele era grandão, cabeludo, mas ele não chorava. Com certeza não estava entendendo como saiu do quentinho e foi parar ali. E, de repente, botou a boca no mundo. Um choro forte, cheio, ressoava na sala. O pediatra já trouxe ele pra eu ver. Consegui pegar no pé dele. Estava quentinho e tinha um cheirinho de "cria". Eu e o Rafa estávamos emocionados. O Rafa seguiu o pediatra, enquanto eles terminavam.

O pediatra voltou com ele "limpinho" e disse: "Mão, 3.925kg, 52,5cm, tá bom pra você?!" Ele realmente era um bebezão. Lindo, vermelhinho. E eu pude dar mais um cheirinho no meu alemãozinho vermelho.

Depois de terminado todo o procedimento comigo, meu GO veio conversar, me dar os parabéns. Disse que viria no dia seguinte, que era pra eu descansar, que estava tudo bem. Ambos, eu e o Gustavo, estávamos saudáveis.

Enquanto estava na recuperação, agora sozinha, eu ouvi a Ana Luiza apavorando pelos corredores. Juro! Parecia que ela estava do meu lado. Eu quase conseguia sentir o cheirinho dos cabelos dela. Queria tanto estar "inteira", poder abraçar e fazer as coisas normalmente. Estava feliz pelo nascimento do Gus, mas queria poder compartilhar esse momento de outra forma.

Devido ao procedimento da maternidade, consegui ficar com o Gustavo somente umas 3hr depois do nascimento, quando estava no quarto. Ele não quis mamar, mas quando peguei ele no colo, foi paixão avassaladora a primeira vista. O cheirinho dele era tudo, aquela carinha inchada, namorei cada pedacinho e agradeci a Deus por ter me dado mais um filho lindo e saudável.

Resumindo

Gustavo nasceu de cesárea, não sei dizer se foi necessária ou não, mas sei dizer que entrar em TP foi tudo de bom, que enfrentei as dores até o meu limite, que me senti amparada, senti que meu corpo estava trabalhando, mas que meu limite era aquele. Se eu faria alguma coisa diferente? Acho que não. Cada contração foi importante, cada sinal que meu corpo me mandou me fez sentir feliz e completa.
Eu posso não ter parido meu filho, mas "parir" esse relato foi tudo de bom, só me fez ter certeza de que o Gustavo escolheu a hora de nascer e que, enquanto consegui, trabalhamos juntos para que ele viesse ao mundo e isso, essa sensação de missão cumprida, ninguém e nem nada poderá tirar de mim!


**Comecei a escrever esse relato dia 25/03/11, devido à loucura da maternidade dupla, só consegui finalizar hoje:15/05/11.

Comentários

Dione disse…
Fá, que lindo. Menina, perdi o fôlego com você algumas vezes. Que vontade de passar por isso de novo. Mas olha que coisa, ontem mesmo eu falei com o Marcelo que de todas as coisas que lia sobre o nascimento do segundo filho, a única que não me preocupava era a Nina, com quem ela ficaria, como seria ficar longe dela e tals, pq achava que ela estaria bem. Mas lendo o seu relato fiquei com a sensação que vou sofrer com isso. E nem grávida estou, kkkk.
Parabéns, amiga. Lindo demais o seu registro.
Pri disse…
Lindo mesmo!
Acho que cada mulher sabe o limite, sabe até onde dá para ir.
No parto do João eu aguentei 12 horas de TP intenso. As últimas 3 horas, foram contadinhas: Contrações de UM em UM minuto e duravam 50 segundos. Três horas assim. E aumentou 1 cm a dilatação desde o início do TP.
Qd eu pedi a cesárea eu desmaiei. De dor, de exaustão, de tudo!!!
Um super beijo e força para lidar com essa turminha...
Kelly Pereira disse…
Eu tambem tive um parto cesareano, por conta de uma pre-eclampsia com 38 semanas de gestacao e nao tive muita opcao. Levando se em consideracao que tampoco tive dilatacao alguma (entrei em trabalho de parto no dia da cesarea) foi muito emocionante o momento que ouvi o berreiro do Gianluca saindo de dentro de mim, isso mesmo, gritou forte quando foi puxado, mesmo sendo um bebe de parto cesareano.

Independente de cesarea ou parto natural, esse foi o momento unico e o mais lindo da minha vida, o momento que ficara para sempre na minha mente, o encontro com o meu filho, e tenho certeza que para vc tambem.

Beijos e tudo de bom
Bárbara disse…
Muito lindo seu relato!! Dá até vontade de ter outro filho...
Beijoss
Unknown disse…
Lindo fabi, amei td no seu relato, parabéns pelos pimoplhos!

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