A vida com duas crianças em casa é divertida, alegre, os sons se espalham pela casa. É uma delícia! Mas existem aqueles dias em que os sons das risadas são substituídos por gritos, choros inconsoláveis e birras homéricas. Daquelas que dá vontade de se trancar no banheiro e cantar LALALALALALA bem alto, fingindo que não é com você. Mas não dá!
Ana Luiza está numa fase que oscila da mais adorável criatura, com vários "Eu te amo" e "Mamãe você é linda, bonita e cheirosa de óculos" até a criança mais birrenta e questionadora, que ameaça fugir para casa dos avós e padrinhos, uma vez que se sente "triste e chateada" porque não pode comer biscoito de chocolate antes das refeições. É trash!
Gustavo faz jus aos seus cabelos vermelhos. É uma pimenta. A nova da vez é gritar, chorar, se jogar pra trás e espernear sempre que é contrariado. Mesmo que a negativa esteja salvando o bichinho do perigo de rachar a cabeça e tomar 300 pontos na testa.
O mais engraçado (ou não) é que as crises dos dois costumam acontecer JUNTAS ou cada um "xilica" depois que o outro acalmou. Quando acho que o resto da noite vai fluir na paz, eles resolvem fazer um escândalo sem tamanho. E eu TENTO não pirar, cortar os pulsos e tomar uma dose de Jurupinga e fingir que tá "zuzu bem". Então, visto uma máscara de mãe calma e procuro apagar um incêndio por vez. Mas tá froids. O pouco de sanidade que me resta parece escorrer por entre os meus dedos. É sério.
Então, aparecem os questionamentos: "mas que mãe de merda eu me tornei?", "senhor, a Ana Luiza não fazia escândalo assim!", "senhor, até quando?", "o que eu estou fazendo de errado?", "por que? por queeeeeeeeeeeeeeeeeeeee?"
E eu vejo, minha neneca de 4 anos, me olhando com a cara mais lavada do mundo, falando que como as coisas são dela, ela mexe a hora que quer. Um pirralho de 15 meses armando um barraco porque eu SALVEI ele de um tombo de quase 40cm de cima do sofá. E grita um, grita outro e "as mãe pira". Sério, eu to pirando.
Seu Içami, nada do seu livro funciona. N-A-D-A. Meus filhos fogem de todos os padrões. Dr. Karp, meu amigo, as crianças e bebês mais felizes do pedaço não estão na minha casa e as que estão resistem a todo e qualquer "método".
O que tem me mantido longe dos narcóticos, certamente é meu instinto. Tudo bem que o bichinho falha vez ou outra, é verdade, mas eu tenho me apegado demais. Procuro prestar atenção, procuro me policiar pra não falar alto ou gritar feito uma histérica. Mas rola, assumo e me envergonho. Dia desses, no meio de uma crise, me peguei xilicando junto com duas crianças. EU, a ADULTA, supostamente MADURA e no controle estava xilicando com DUAS CRIANÇAS. Vergonha é pouco.
Os questionamentos e arrependimentos rondam a minha cabeça. Sinto como se não tivesse mais controle. Alguém já se sentiu assim? Completamente perdida, sem controle? Tem uma dica? Ajuda?
Beijos
Comentários
O Gustavo é pimentinha, o Fe era assim... até hj me faz passar umas e outras.
Boa sorte ai!
Adorei seu post. Principalmente pq eu tbm cheguei numa rua sem saída com a educação dos meus filhos. Aqui eles tbm tem dado cada xilique. E tenho tomado atitudes que me envergonham de coração: "João, dê o exemplo", "Alice, fica quieta agora", "CLARA (quase gritando) estou quase te trancando no banheiro" - exemplos de péssima conduta. Eu até brinquei que preciso traçar um novo plano de guerra, ops, de educação.
Pq aqui eu tbm estou um passo de enlouquecer.
Se vc encontrar a fórmula, me fala, pq se eu encontrar eu com certeza te falo.
Super beijos!!!
Tomara que, com o tempo, as coisas se ajeitem por aqui!
Eu vou fazer simpatia, novena, qualquer coisa que me deixe menos enlouquecida.
Hoje, excepcionalmente, eles ficaram uns amores. Mas também não consegui lavar um copo. Fiquei até agora sentada no chão da sala, brincando, inventando música e fazendo cara de paisagem quando eles ameaçavam dar piti.Mas, pelo menos, a noite foi menos estressante!
Assim que descobrir a fórmula secreta do bom comportamento eu te aviso!
Beijokas